Far Cry é o primeiro título da desenvolvedora alemã Crytek e, mesmo se tratando de uma estréia, a empresa conseguiu com sucesso apresentar um título — pertencente ao gênero tiro em primeira pessoa — com uma ótima engine, jogabilidade ágil e divertida, aliada a um cenário exuberante: uma ilha tropical paradisíaca.
Far Cry apresenta um enredo curto porém satisfatório para o gênero: o protagonista, Jack Carver, tem um passado obscuro e é ex fuzileiro naval do exército dos Estados Unidos. Para arrecadar algum dinheiro, ele se propõe a escoltar uma jornalista, Valerie Constantine, a uma ilha tropical deserta. Os problemas começam quando um misterioso ataque ao seu barco é feito, deixando-o preso na ilha. Logo Carver descobre que as ameaças que pairam na ilha são não são apenas humanas, muitos deles são criaturas monstruosas. Cabe a ele, então, voltar para a sociedade trazendo consigo a Srta. Constantine sã e salva.
A jogabilidade permite ao jogador escolher entre cometer ataques imprudentes e furiosos, que necessitam de maior habilidade e pontaria, ou optar pelo estilo de jogo comedido e tático, sempre procurando abrigo dos tiros nas árvores e obstáculos. A inteligência artificial é bem programada e exige atenção e astúcia do jogador.
A física é convincente e concede ao jogador a possibilidade, inclusive, de derrubar rochas de grandes alturas para atordoar os adversários. Os gráficos são excelentes e apresentam efeitos de luminosidade, representação da água e texturas bastante convincentes. Finalmente, os efeitos sonoros conseguem ambientar adequadamente o jogador no clima tropical e selvagem que Far Cry exibe.
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